
A plantinha ainda tinha apenas duas folhinhas sendo que o comprimento de uma era de 1 cm, sensivelmente, e a outra não tinha, seguramente, mais de 0,5 cm.
Isto, por si só, bastaria para me enternecer e avivar um pouco os tons em que a minha vida estava a ser pintada naquela altura; contudo, ao ver uma joaninha pousada na folhinha maior parei e deliciei-me por alguns momentos a contemplar aquele achado que funcionou em mim como um bálsamo e me renovou as forças (que por sinal escasseavam naquela fase da minha vida) para enfrentar mais um dia.
Ainda hoje, e já lá vão duas dúzias de anos, a simples lembrança daquele quadro enternece-me e faz-me sentir que, apesar de tudo, vale a pena viver.
Prestemos, pois, atenção ao que vemos no chão porque isso pode gerar em nós sentimentos que adoçam o nosso dia!
Adélia Paulo
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