To forgive is to set a prisoner free and discover that the prisoner was you. Lewis B. Smedes
Perdoar é libertar um prisioneiro e descobrir que esse prisioneiro eras tu.
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Ofenderam-me! Socorro! Ofenderam-nos? Óptimo! As ofensas que nos fazem, se forem bem geridas, contribuem para o nosso fortalecimento interior e ajudam a afastar a necessidade, ou até dependência, que temos da aprovação dos outros! Além disso constituem oportunidades, a não desperdiçar, de exercitarmos o perdão. O perdão é vital para a nossa paz interior, a paz connosco.
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Magoei uma pessoa! O que faço agora? Magoámos alguém e estamos arrependidos? Excelente! É uma boa oportunidade para exercitarmos a pouca disponibilidade e a quase nenhuma disposição que temos para reconhecer as nossas fraquezas e para pedir perdão a alguém. O perdão é fundamental para a nossa paz exterior, a paz com os outros.
Um dia a caminho do emprego vi, ao atravessar uma praça, uma minúscula planta a emergir por entre as pedras que cobriam o chão. A plantinha ainda tinha apenas duas folhinhas sendo que o comprimento de uma era de 1 cm, sensivelmente, e a outra não tinha, seguramente, mais de 0,5 cm. Isto, por si só, bastaria para me enternecer e avivar um pouco os tons em que a minha vida estava a ser pintada naquela altura; contudo, ao ver uma joaninha pousada na folhinha maior parei e deliciei-me por alguns momentos a contemplar aquele achado que funcionou em mim como um bálsamo e me renovou as forças (que por sinal escasseavam naquela fase da minha vida) para enfrentar mais um dia.
Ainda hoje, e já lá vão duas dúzias de anos, a simples lembrança daquele quadro enternece-me e faz-me sentir que, apesar de tudo, vale a pena viver.
Prestemos, pois, atenção ao que vemos no chão porque isso pode gerar em nós sentimentos que adoçam o nosso dia!